Sweet
Yixing
Pequenos
flocos de neve aglomeravam-se no parapeito da janela daquele apartamento
apertado e quente do décimo quinto andar. No sofá, com um óculos escorregando
no nariz e um livro grosso nas mãos, Yifan tentava se distrair com a matéria
que cairia na prova da próxima semana, mas era difícil conseguir focar cada uma
daquelas letras, que começavam a não fazer sentido, quando um barulho
insistente de panelas, colheres, liquidificador e uma sorte de coisas vinha da
cozinha. E Yifan soube, antes mesmo de se aproximar, que Zhang Yixing, o garoto
com quem dividia o apartamento, estava novamente tentando cozinhar.
Tentando
cozinhar era o termo certo, porque havia um abismo entre tentar e conseguir.
Yixing constantemente tentava cozinhar e as coisas que tentava fazer nunca
davam certo, porque além de gastar ingredientes que vinham unicamente do bolso
do mais velho, o menor bagunçava a cozinha inteira e sujava louça que o outro
não usaria nem em uma semana fazendo todas as refeições sem lavar nenhum prato.
Mas Yifan nunca realmente reclamava daquilo, porque Yixing era tão doce e
gentil que sentia-se incapaz de adverti-lo de qualquer coisa que fosse.
Principalmente quando ele parecia tão concentrado em tentar fazer com que tudo
saísse perfeito.
Com
um suspiro, o loiro fechou o livro e se levantou do sofá para ir à cozinha ver
o que seu colega de apartamento estava tentando fazer daquela vez. E, ao
encostar-se no batente da porta, quadrilhou o garoto que estava com fones de
ouvido, provavelmente sequer tendo alguma noção do barulho que fazia enquanto
mexia alguma massa dentro de uma bacia, os quadris sutilmente se remexendo ao
som da música que ouvia, os lábios movendo-se delicadamente enquanto cantava
meio preguiçosamente, os olhos baixos e concentrados no que fazia. Uma das
coisas que Yifan mais achava adorável no outro era a maneira como fazia
biquinho ao falar, os lábios macios, delicados, que pareciam feitos para serem
mordiscados, naquele biquinho adorável e desconcertante. Era quase preocupante
o quanto gostava das pequenas coisas de Yixing. Aquelas pequenas coisas que o
tornavam perfeito.
Havia
uma trilha de farinha de trigo em sua bochecha macia, e mesmo com o frio que
fazia do lado de fora o menor não usava nada além de uma camiseta branca e
calças largas de moletom, tão confortável que era como se pedisse para que Yifan
o abraçasse por trás e enfiasse o rosto na curva macia do pescoço – mesmo que
não fosse exatamente uma boa ideia, porque respirar no pescoço de Yixing era
como pedir para que ele largasse aquela bacia com massa no chão e agarrasse o
balcão da cozinha para gemer e se afastar, completamente chocado pela audácia
dos toques. Ele sempre ficava encantadoramente surpreso quando alguém respirava
próximo ao seu ponto mais sensível. Ele era assim, lindo e sensível com seus
trejeitos irresistíveis.
Demorou
muito tempo até finalmente perceber que estava sendo minuciosamente observado
e, ao olhar para Yifan, seus olhos arregalaram-se adoravelmente. O que não era
para menos, porque o mais velho estava ali mais tempo do que seria aconselhável
somente para ficar olhando-o como se nada no mundo fosse mais importante – como
se não tivesse milhares de capítulos para estudar, ou trabalhos da faculdade
para fazer ou aquele seu programa preferido que estava passando na TV para
assistir. Mas ele esquecia-se de tudo quando estava na presença do outro e,
quase sem perceber, se aproximou e circundou sua cintura estreita com os
braços, absorvendo feliz seu ofegar surpreso pelo gesto espontâneo e inesperado
de afeto. Tomando cuidado para não chegar perto do seu pescoço, beijou a
bochecha bem onde havia a trilha de farinha. Por causa da bacia entre eles, não
conseguia colar seus corpos completamente, mas isso não impediu que a aproximação
fosse bem-vinda e deliciosamente atrativa.
– O
que houve com você? – Perguntou baixinho, em um sussurro que fez com que aquele
biquinho adorável se formasse em seus lábios e Yifan, sem resistir mais, colou
a boca à dele, roubando daqueles lábios um suspiro que cheirava a chocolate que
ele provavelmente experimentara para fazer o bolo. Eles eram companheiros de
quarto e, além disso, namoravam há quase um ano. Era engraçado que em tão pouco
tempo Yifan já soubesse que Yixing era tudo o que ele sempre quisera.
–
Eu só queria dizer que amo você. – Riu-se Yifan, sentindo-se estranhamente sem
jeito. Ele não costumava proclamar seu amor assim, daquela maneira espontânea e
sem uma verdadeira razão. Na verdade, ele havia dito que amava Yixing
pouquíssimas vezes e isso para ele costumava ser suficiente. – Mesmo que você
sempre insista em cozinhar quando nunca dá certo e deixe toda a sujeira pra
mim.
Yixing
torceu o nariz graciosamente antes de afastar a bacia entre eles e jogá-la
sobre a mesa, para então passar os braços em torno do pescoço do mais velho e
ficar na pontinha dos pés para colar os lábios novamente, delicadamente e
pacientemente. Antes de inventar de cozinhar, Yixing estava dormindo – ele
sempre estava dormindo, Yifan perdera algumas horas naquele ano perguntando-se
de onde ele tirava tanto sono – e por isso seus olhos rasgados estavam
levemente inchados, contornados de um vermelho pálido, e os reflexos mais
lentos e preguiçosos do que costumavam ser normalmente.
Contra
sua boca, ele sussurrou “eu te amo, também” antes de morder seu lábio inferior,
prendê-lo entre os dentes e puxar em uma provocação calculada. As mãos de Yifan
apertaram com ainda mais força a cintura delicada e, suspirando contente, Yixing
virou-se no abraço para voltar a mexer a massa com a colher de pau. Sorriu ao
sentir a mão de Yifan sobre a sua, ajudando-o a chegar ao ponto perfeito para o
bolo. A respiração dele contra sua orelha era uma provocação constante, o
perfume masculino que desprendia da sua pele uma tentação implícita, mas o
menor gostava de tudo aquilo.
Olhou
para as mãos juntas e mordeu o lábio inferior. A mão de Kris era quase
vergonhosamente maior e fazia com que a mão de Yixing parecesse como a de uma
criança, completamente envolta à enorme do namorado. E Yifan, atrás dele, mesmo
que jamais fosse confessar, achava aquilo adorável como todas as outras coisas
em Yixing.
O
bolo deu errado, mas era o que menos importava para os dois. Afinal, eles
haviam dado certo, e aquela era a melhor receita.
Quando
Yifan terminou de arrumar toda a cozinha – lavar a louça, limpar a sujeira que
o namorado fizera no chão e na pia da cozinha, além de guardar todos os
ingredientes e levar o lixo para fora – pensou que encontraria o namorado
esperando por ele, depois de tomar banho. Tomar um banho sempre era a desculpa
perfeita para que Yifan ficasse com os deveres domésticos, que Yixing tanto
odiava fazer. Porém, quando encontrou Yixing no quarto dos dois, ele estava
dormindo novamente. Yixing tinha tanto sono que talvez devesse começar a ser
preocupante. Ele estava tão esparramado na cama de casal que era quase
impossível que Wu Fan, grande como era, conseguisse se acomodar ao seu lado sem
acordá-lo. E ele dormia tão bonito, com os cabelos molhados e bagunçados
espalhados pelo rosto, as mãozinhas pequenas segurando delicadamente o
travesseiro e os olhos fechados tão calmamente...
Com
um suspiro, o mais velho pegou o travesseiro e um edredom, fazendo o mínimo
possível de barulho, e após cobrir o namorado, apagar as luzes e fechar a porta
com delicadeza, jogou-se no sofá da sala.
Era
meio desconfortável, mas por ora era o que tinha. Já havia desisto de estudar
ou fazer algum dos trabalhos, então ligou a TV e esperou o sono chegar. Do lado
de fora da janela de vidro, flocos de neve caíam com delicadeza, alguns
grudando-se no vidro, aglomerando-se no parapeito.
Yifan adorava a neve. Era
lindo, mesmo que pudesse ser devastadora. Neve o lembrava de Yixing. Na
penumbra, a única luz vinha da TV ligada, em um brilho calmo e contínuo. Mesmo
sem erguer os olhos, ao ouvir o som de passos percebeu que Yixing acordara.
Quando virou-se no sofá, em direção ao corredor que dava para o quarto, ele
andava em sua direção, com os olhos cheios de sono e um lençol arrastando-se no
chão. Ele sorriu e Yifan, percebendo suas intenções, afastou-se um pouco para
que Yixing conseguisse rolar até se deitar do seu lado, entre o encosto e seu
corpo. Ele estava quente e o cheiro de banho recém tomado desprendia-se da sua
pele e dos seus cabelos ainda úmidos com uma intensidade embriagadora. Sentia-se
bêbado naquele aroma.
Apertado
ali, entre Yifan, Yixing acomodou-se ao corpo quente do namorado, apoiando o
rosto no peito firme e suspirando quase inaudível. Naquela posição, sua
bochecha ficava meio apertada e seu olho espremido. O maior sorriu gentilmente
e passou a mão em sua bochecha livre, e o mais novo ronronou, esfregando o
rosto naquele afago.
–
Eu não gosto de dormir sem você. – Yixing murmurou baixinho, a voz meio rouca
por causa do sono. – ‘Tá frio, nós precisamos esquentar um ao outro.
–
Mas você estava ocupando a cama inteira e eu não quis te acordar, você estava
dormindo tão gostoso, xiao. – Yifan
sabia que o namorado adorava quando o chamava daquela maneira. Xiao significa pequeno em chinês. E o seu xiao pareceu emocionado com as palavras
do namorado, pois um sorriso caloroso nasceu em seus lábios finos e, apoiando
uma das mãos no peito dele, inclinou-se até encostar os lábios, dando um beijo
demorado e molhado no mais velho. E o maior comprovou de novo o quão gostoso
era morder aqueles lábios macios, o quão maravilhoso era tê-lo entre os dentes
e que era melhor ainda sentir a língua dele na sua sem receio ou medo,
preguiçosamente os envolvendo naquele clima sensual.
–
Você queria mesmo só dormir comigo? – Yifan perguntou quando as mãos de Yixing
intrometeram-se dentro da camiseta do maior, arranhando sem força o abdômen
firme com unhas curtas. O loiro gemeu de leve, o corpo contraindo-se em um
arrepio involuntário, e seu xiao riu baixinho,
ondulando sensualmente o corpo até que uma das pernas do mais velho estivesse
entre as suas.
–
Acho que nós podemos fazer algumas outras coisas tão interessantes quanto
dormir. – Yixing sussurrou contra seu ouvido e Yifan, em um movimento carregado
de cuidado, deitou Yixing totalmente no sofá apertado para ficar em cima dele,
afundando os joelhos no estofado, um de cada lado do namorado. Abaixando o
corpo, capturou os lábios macios e o fez retribuir um beijo calmo, carregado de
sensualidade. Yifan afastava os lábios antes que Yixing pudesse aprofundar o
beijo, deixando-o levemente frustrado, e então beijava seu queixo, o ângulo
entre a orelha e o maxilar, e então voltava novamente até os lábios, capturando
sua língua e a chupando em um prelúdio do que poderia fazer em outras partes do
corpo abaixo do seu.
Não
havia pressa, somente a necessidade urgente e a vontade crescente que fazia com
que Yixing erguesse o quadril, seus olhos levemente vermelhos fechando-se
delicados e pacientes, os lábios abertos em gemidos mudos e sensações que eram
maravilhosamente intensas. Yifan, encantado com a maneira como o namorado
parecia completamente entregue às suas investidas, tirou a camiseta do corpo
pálido, desnudando o tronco e deliciando-se em passar a mão pelos músculos
tensos, sentindo na ponta dos dedos a pele macia se arrepiar. Yixing era
adoravelmente sensível e arrepiava-se com uma facilidade deliciosa. Seu membro
já era um volume indisfarçável de ereção na calça de moletom, e descendo os
dedos pela pele quente, passou a língua na clavícula funda, contornando o osso
saliente com a língua e sentindo o gosto dele que tanto gostava.
Com
uma delicadeza atípica, porque geralmente era meio bruto quando transava com
Yixing (era difícil se controlar quando o namorado era tão tentador), desceu os
lábios até a barriga firme, distribuindo beijos e mordidas e chupões, sentindo
os dedos do menor fecharem-se de encontro aos seus cabelos, puxando os fios com
delicadeza, como se precisasse de algum ponto de estabilidade para conseguir se
controlar. Yifan conseguia sentir o membro de Yixing tocando seu peito,
principalmente quando o moreno erguia o quadril em movimentos involuntários,
querendo sentir mais daquelas sensações de alguma maneira. E atendendo aos
pedidos silenciosos do namorado, o mais velho desceu ainda mais os lábios,
mordendo um dos ossos ilíacos marcados do quadril antes de delicadamente roçar
uma das bochechas no volume indiscreto que marcava a calça de moletom, onde uma
mancha úmida já havia se formado onde descansava a glande.
Sorriu
quando sentiu o corpo menor fremir, os músculos do abdômen se contraindo e os
olhos fechando-se contra a vontade. Com paciência, Yifan roçou os lábios no
membro ainda coberto, em uma provocação que fazia com que o namorado segurasse
seus cabelos com ainda mais força. Mas Yifan queria que daquela vez queria
fazer tudo com calma, saboreando cada sensação, cada íntima reação do corpo
abaixo do seu. Assim, delicadamente abaixou os restantes das roupas do seu xiao
até tê-lo completamente sem roupa.
Suspirando, ergueu o tronco para poder observá-lo.
Deitado no sofá completamente nu, Yixing era perfeito.
Suas bochechas estavam coradas, seu corpo contraído, seu membro teso
encostando-se no abdômen onde uma poça de pré-gozo molhava a pele pálida. Seus
olhos semiabertos o fitavam, os lábios abertos em busca de uma quantidade ar
cada vez maior enquanto erguia o quadril, silenciosamente insinuando-se para
Yifan, como se implorasse para ser tocado, para que o maior acabasse de uma vez
com aquela tortura e lhe desse o que mais precisava naquele momento. E Yifan
nunca antes conseguira negar algo para o namorado.
Com delicadeza, separou as pernas de Yixing e deslizou o
corpo sobre o dele até capturar a glande túrgida e úmida entre os lábios,
sugando com força, arrancando qualquer resquício de sanidade que ele ainda
pudesse ter. Um grito rouco escapou dos lábios finos, fazendo com que Yifan
sentisse pequenas fisgadas de desejo vindas de algum lugar desconhecido dentro
de si mesmo. Sentir o gosto dele em sua boca e saber o que causava nele era
maravilhoso, e fazia com que seu próprio membro latejasse dolorosamente dentro
da calça do pijama. Mas não poderia dar atenção as suas próprias vontades naquele
momento, pois estava concentrado em dar desejo ao seu namorado. Sabia do que
ele gostava, conhecia todos os seus pontos sensíveis, e com um sorriso
imperceptível por estar com os lábios cheios de Yixing, ergueu uma das coxas
pálidas e a colocou sobre seu ombro, sem deixar brechas para que o outro
pudesse reclamar, e então começou a roçar os dedos delicadamente entre as
nádegas, intrometendo um dedo para dentro da parte sensível.
O moreno remexeu o quadril e a boca de Yifan afundou-se
mais no membro teso, chupando com vontade, deixando a glande tocar sua
garganta. Com calma, começou a movimentar o dedo dentro do corpo quente,
acostumando-o ao que estava por vir, ouvindo-o voltar incoerências, seu nome
sendo chamado sem pausas, como em um mantra; seus cabelos sendo puxados como
quem não tem controle sobre si mesmo. E Yifan gostava de tudo aquilo. Gostava
de deixar o namorado sem controle nenhum, sem qualquer pensamento que não fosse
a vontade de ter Yifan dentro de si. E toda a vontade pareceu avolumar-se ainda
mais dentro do menor quando Yifan inseriu mais um dedo em seu inferior,
pressionando acidentalmente seu ponto mais sensível. A cabeça de Yixing foi
para trás, completamente tenso e submisso, sua garganta sendo cortada por um
grito que lembrava um grunhido, e seus quadris ergueram-se no ar, empurrando-se
de maneira inconsciente ainda mais na boca que o engolia.
– Xiao, você quer agora? – Sibilou Yifan.
– Agora, por favor. – Yixing gemeu quase manhoso, seus
braços erguidos acima da cabeça para segurar em qualquer coisa que pudesse lhe
dar alguma estabilidade. A respiração ofegante do menor bateu contra o pescoço
de Yifan quando este se ergueu para ficar novamente em cima do namorado, e as
pernas de Yixing abriram-se voluntariamente, se oferecendo sem resistências.
Com o semblante sério por causa da tensão sobre seus ombros e a tensão em seu
membro teso, o maior abaixou as roupas o suficiente para que seu pênis
escapasse da prisão quase dolorosa, impaciente demais para conseguir tirar a
roupa inteira. – Eu quero tanto você, tanto... – Sussurrou contra seu ouvido.
Em uma provocação calculada, Yifan começou a entrar em
Yixing ao mesmo tempo em que afundava o resto no pescoço do menor, aspirando o
cheiro de banho recém tomado da pele que tanto gostava. Sentiu Yixing tremer
inteiro em seus braços, seu corpo tendo um espasmo tão violento que o fez
afundar-se ainda mais no membro que o invadia. O gemido que escapou dos lábios
de Yixing foi quase violento, o corpo inteiramente sensível enquanto,
inacreditavelmente, gozava.
Surpreso, Yifan se afastou para observar o membro do
menor contraindo-se enquanto ele gozava intensamente, sujando o próprio abdômen
liso e apertando Yifan quase dolorosamente dentro de si, que já havia estava
completamente envolvo no calor sufocante.
– Ahhh, ahhh, por que você fez isso? – Yixing perguntou
entre ofegos, os olhos levemente arregalados em surpresa.
– Eu não acredito que você gozou só porque respirei no
seu pescoço. – Yifan disse, observando a expressão congestionada do namorado
quando começou a mover os quadris, arremetendo dentro do seu corpo com
delicadeza e fazendo-o jogar a cabeça para trás, pronta para mais uma vez. – E
eu pensei que não dava pra te desejar mais, por que você sempre tem que ser tão
perfeito?
– Ahh... – Yixing gemeu, abrindo mais as pernas quando o
namorado voltou a deitar sobre ele e encolhendo-se, como se para proteger o
pescoço dos lábios do namorado. Balançando a cabeça, Yifan beijou sua bochecha,
deslizando os lábios até o queixo antes de voltar a capturar os lábios macios
entre os lábios e aumentar ainda mais a intensidade das estocadas dentro do
corpo apertado, sentindo-o se contrair deliciosamente em torno do seu membro
teso. – Mais forte, por favor, mais fundo... ahh, tão bom...
Yifan nunca negava nada ao namorado.
Firmando as mãos nas coxas pálidas, investiu com ainda
mais força contra o corpo abaixo de si, sentindo os gemidos do Yixing se
tornarem mais altos, mais indecentes quando o menor afastou a boca da sua,
sendo incapaz de continuar retribuindo ao beijo. A mão de Yifan, grande e
masculina, envolveu a nova ereção do menor e o masturbou com força, fazendo-o
apertar ainda mais intensamente seu membro dentro de si. Depois do orgasmo,
Yixing estava ainda mais sensível.
Aos olhos de Yifan, tudo não passava de cores confusas e
sensações entorpecentes. Nada mais importava além de Yixing, apertando-o quase
dolorosamente, nada além dos gemidos que cortavam o silêncio e faziam-no ter
vontade se arremeter com ainda mais força, dos seus próprios lábios saindo
gemidos que tentava, sem muito sucesso, controlar. Mas era difícil qualquer
tipo de controle sobre si mesmo quando as unhas curtas de Yixing arranhavam
suas costas, e os lábios macios e quentes deslizavam por seu pescoço, provando
a pele levemente salgada de suor, mesmo que do lado de fora estivesse nevando.
Com um suspiro alto, percebeu que estava próximo do fim,
e apertando ainda mais o membro de Yixing entre os dedos e o masturbando com
força, pediu, em sussurros, para que Yixing gozasse para ele novamente. E o
menor se deixou levar, sendo minuciosamente observado pelo namorado, que
adorava sua expressão de orgasmo, o jeito como ele mordia os lábios e jogava a
cabeça para trás, deixando o pescoço pálido e imaculado completamente à mostra,
e naqueles momentos Yifan sempre sentia uma vontade violenta de marcar a pele,
e sempre o fazia, tornando o orgasmo do namorado ainda mais intenso, fazendo-o
se contrair inteiro e apertá-lo dolorosamente. Com um riso soprado, Yifan
sentiu em sua mão o orgasmo do namorado e, estocando mais algumas vezes quase
sem controle, deixou-se esvaziar dentro dele.
– Você ainda vai me deixar louco. – Yixing sussurrou,
quando já conseguia respirar novamente. Preguiçosamente, o menor pegou a
camiseta que estava pendurada no sofá e a vestiu, passando as mãos pelo cabelo
e aconchegando-se novamente no peito de Yifan, a bochecha apertada contra o
tecido macio da camiseta que ele sequer tirara. – Mas sabia que eu gosto disso?
Na verdade eu gosto de tudo em você.
Sorrindo, Yifan assentiu brevemente com a cabeça, mal
notando a letargia do outro.
– Eu te amo, Yixing, eu te amo tanto...
Mas
Yixing não ouviu, pois já estava dormindo. E sorrindo, Yifan balançou a cabeça.
Aquele era seu xiao, afinal.